quarta-feira, setembro 27, 2006

BORDER

BORDER É UMA SÉRIE DE FOTOS DAS EXTREMIDADES DO CORPO. PENSANDO NAS FRONTEIRAS, NOS CONTORNOS, NOS CONTATOS DESTE CORPO COM O MUNDO E SEUS REFLEXOS.




segunda-feira, setembro 18, 2006

sexta-feira, setembro 15, 2006

[Fotografias e Anotações] 9/15/2006 09:02:23 AM



----- Original Message -----
From: Ma
To: fermag@sercomtel.com.br
Sent: Friday, September 15, 2006 9:02 AM
Subject: [Fotografias e Anotações] 9/15/2006 09:02:23 AM


Calor...
Calor que adoro!
Calor seco!
Beijos fer!
Bonita manhã pra você e pra Karen

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Posted by Ma to Fotografias e Anotações at 9/15/2006 09:02:23 AM

quinta-feira, setembro 14, 2006

Volta ao Norte do Paraná

O calor
desértico
as almas em chamas
o ar fosco flambando

passagem

segunda-feira, setembro 11, 2006

Doutorado

estou em Campinas
estes dias estive em Florianopolis
vou no fluxo do semestre corrido
cumprindo os objetivos propostos (tentando, ao menos)
saudades da casa, do sossego
ainda que o movimento tenha suas valias

como algo que te arremesa no turbilhão e nao hã como retroceder
a vista que eu tenho da paisagem de Souzas para onde olho enquanto escrevo
montanhas e casinhas, a paisagem me toma

terça-feira, setembro 05, 2006

LONDRIX 2006

Festival Literário de Londrina
9 a 24 de setembro

sábado, setembro 02, 2006

Escrito por Mário Bortolotto em seu blog
Atire no Dramaturgo
às 14h07 em 02/09/2006


O VELHO QUARTEIRÃO

Londrina vai parar em Cabo Verde. Os caras lá vão ouvir três atores falando carinhosamente de uma cidade do Interior do Paraná (eles não fazem nem idéia do que seja o Paraná). Eles vão ouvir por meio da peça afetiva que escrevi sobre a cidade. Diário das Crianças do Velho Quarteirão. Os caras lá vão ouvir os atores falando sobre o Paulão Rock and Roll, sobre o Bar do Jota, o barman que atirava tampinhas de garrafas na gente. Vão ouvir falar do garoto que comemorou 20 anos comendo uma puta num hotelzinho vagabundo da Rua Maranhão. Eles vão ouvir falar do Toninho e da garota de branco que passou de madrugada pela rua com um copo de papel na mão. Eu tô falando de Londrina e os caras lá em Cabo Verde vão ouvir falar da cidade pela primeira vez. Vão ouvir sobre o Velho quarteirão. Eu sou de Londrina. Eu nasci em Londrina. Podem me chamar de bairrista. Não tem problema. Muitos chamam os gaúchos de bairristas, ou os cariocas, ou os baianos. Então qual o problema de chamarem os londrinenses de bairristas. Temos motivos para tal. Foi lá que tudo começou. Foi lá que eu aprendi tudo o que precisava pra me mandar de lá. É isso aí, eu precisava sair de lá. Londrina cria, mas você tem que cair fora. Londrina não é a quinta maravilha do mundo. Existem governantes ineptos que fodem com a cidade. Eles sempre existiram. Existe um monte de filho da puta como existe em qualquer lugar. Existe um lado provinciano que insiste em caretear a cidade. Mas tem o outro lado. Tem um lado da cidade que é poesia elétrica, que é combustão permanente. Londrina é um furacão. A nossa São Francisco como bem disse o Pinduca no texto bonito pra caralho que ele escreveu a partir de uma foto do Jotabê Medeiros e que eu transcrevo no post abaixo. É isso aí, Pinduca. Isso ninguém tira da gente.

O Belo texto do Pinduca:

Soube recentemente que em uma palestra a crítica literária e professora da USP Viviana Bosi se referiu em tom jocoso aos “poetas de Londrina” assim: “Eles pensam que Londrina é San Francisco”. Não sei mais detalhes. Não sei por que ela disse isso. Em qual contexto. Mas sei o tamanho da falta de informação dessa mulher.

Nós não pensávamos (isso lá nos anos 80) que Londrina era San Francisco. Não pensávamos. Londrina era a nossa San Francisco. Uma cidade cosmopolita, louca, divertida — uma cidade feita por pioneiros. Uma cidade nova (na década de 80 não tinha 50 anos ainda). E nós nos sentíamos livres. Não devíamos nada a ninguém. Não tínhamos uma tradição a qual prestar contas.

Uma cidade feita por migrantes, tanto de fora quanto de dentro do país: ingleses, japoneses, alemães, gaúchos, matogrossenses, paulistas. Uma cidade onde grandes decisões haviam sido tomadas na zona. Uma das primeiras cidades do “interior” do país a ter um aeroporto. Para que pousasse toda sexta-feira o Balaio das Putas, o avião que trazia putas belíssimas do Rio de Janeiro, que faziam a festa no final de semana e embarcavam de volta na segunda-feira de manhã.

Uma cidade em que nos sentíamos a vontade. Quantas e quantas vezes assisti aulas na universidade depois de ter enchido a cara com os bêbados da rodoviária (projeto arquitetônico do Artigas) até 3 horas da manhã. Estudava cinema expressionista alemão com a professora Rosa de manhã, lia Joyce ou Borges ou Bukowski (o que desse na telha) à tarde, e à noite trocava idéia com os geralmente fantásticos bebuns da rodoviária.

Uma cidade conhecida pelo seu jornalismo de altíssima qualidade, irreverente e inovador. Uma cidade conhecida pelos seus grupos de teatro: Proteu, Delta, Armazém, Cemitério de Automóveis.

Uma cidade que, ainda muito nova, gerou dois dos grandes compositores, que fizeram muito barulho na “metrópole”: Arrigo Barnabé e Itamar Assumpção.

Que gerou dramaturgos e diretores do porte de Mario Bortolotto, Paulo de Moraes e Nitis Jacon.

Que gerou poetas e escritores como Rodrigo Garcia Lopes, Marcos Losnak, Maurício Arruda Mendonça, Karen Debértolis, Nelson Capucho, Márcio Américo e Domingos Pellegrini Jr.

Que gerou mais músicos e compositores e conhecedores de música como Bernardo Pellegrini, Eduardo Batistella, Janete El Haouli e Paulão Rock’n Roll.

E jornalistas como Jotabê Medeiros.

A lista é grande e inevitavelmente eu vou esquecer muita gente (me desculpem!)

Aposto que a crítica Viviana Bosi desconhece a maioria desses caras e dessas caras. Como uma digna representante da “metrópole”, ela deve achar que aquele pedaço de terra roxa no norte do Paraná só pode figurar no mapa artístico e cultural como uma “província”.

Provavelmente ela nunca dirigiu um automóvel durante toda a madrugada por aquelas estradas, como fez Jotabê Medeiros no último final de semana.

Certamente, ela nunca vai sentir o mesmo que nós sentimos quando escutamos a valsa Londrina, belíssima, de Arrigo Barnabé.

Certamente ela nunca vai entender por que quase todo mundo que passou por Londrina continua adorando aquela cidade.

Ela não vai entender que Londrina não era apenas a nossa San Francisco.

Londrina era a nossa Londrina.

E nós todos não devemos nada a ninguém.

(Ademir Assunção)

Londrix

sexta-feira, setembro 01, 2006

A Estalagem das Almas

E um pouco mais d' A estalagem das Almas.
O escritor Marcelo Ariel teceu palavras sobre o livro.

Após a leitura deste livro de karen Debértolis , por algumas horas a vida se tornou menos parecida com o campo minado que ela sempre foi. É uma das melhores fusões entre vida, parábola, poesia e prosa que já tive notícia, como um encontro entre as auras de Harold Brockley, Ana Cristina César e Katherine Mansfield gerando algo capaz de criar a possibilidade de um atalho para uma casa mítica dentro do campo minado, uma casa intacta entre uma bomba enterrada e outra explodindo logo ali na esquina...

Marcelo Ariel
posted by teatrofantasma
Monday, August 28, 2006 at 4:44 PM
Está lá no seu blog
http://teatrofantasma.blogspot.com/