terça-feira, dezembro 05, 2006

CLARISSA























nov2006
desenho Fernanda Magalhães

quinta-feira, novembro 30, 2006

Karen

Caderno Azul de Anotações












quarta-feira, novembro 29, 2006


detalhe
caderno azul de anotações

bananas

caderno azul de anotações
Fernanda Magalhães

segunda-feira, novembro 13, 2006

novo blog

meu blog está com problemas
não sei bem qual, não sei se está pesado ou o que acontece. Como coloco muitas imagens e já tem um tempo ele está meio lento para postar, criei outro blog
vou com minhas postagens diárias aqui e lá

http://artetransmultiflexmixmultimaga.blogspot.com/

obrigada pelas visitas
costumo blogar com frequencia, apareçam sempre!
Fernanda Magalhães

http://artetransmultiflexmixmultimaga.blogspot.com/

sexta-feira, novembro 10, 2006


o desenho me toma ...

segunda-feira, novembro 06, 2006

Lançamento Livro Corpo e Subjetividade Estudos Contemporâneos


A Factash Editora e a Livraria Martins Fontes
têm o prazer de convidar para o lançamento do livro
Corpo e Subjetividade E s t u d o s C o n t e m p o r â n e o s
com a organização de Wilton Garcia e com textos dos autores
Caio Adorno Vassão . Cláudia Marinho . Daniela Kutschat Hanns . Ernane Almeida . Fernanda Magalhães . Fernando Passos . Florence Dee Boodakian . Kathia Castilho . Lúcio Agra . Luisa Paraguai . Manoel Fernandes . Nizia Villaça . Paula Sibilia . Rachel Zuanon . Ricardo Alexino Ferreira . Rick J. Santos . Robert Howes . Rosana Rosa . Rosane Preciosa . Sonia Luyten . Urbano Nojosa . Wilton Garcia
Dia 9 de novembro de 2006, quinta-feira,das 18h30 às 21h30Av.
Av. Paulista, 509 - Loja 17 - Cerqueira César
tel.: (11) 3266-4603
Convênio com estacionamento Fac ParkRua Manoel da Nóbrega, 88/95
FACTASH EDITORA(11) 3259-1915factash@terra.com.br

domingo, novembro 05, 2006

sexta-feira, novembro 03, 2006


"O pé cascudo com sandália"

desenho Fernanda Magalhães
03 nov 2006

segunda-feira, outubro 30, 2006

quarta-feira, outubro 25, 2006

e o Rio de Janeiro continua lindo ....

Rio de Janeiro
Parque Lage e o Cristo ao fundo
redondo
amarelo do sol
nas lentes escolhidas pela fotógrafa
deslocamentos

sexta-feira, outubro 13, 2006

a cidade sempre maravilhosa

o Cristo olha para mim
estou abaixo dele, um pouco, e entre nós a pedra e a mata
hoje sexta feira treze e a gente aqui na cidade maravilha mutante
rio 40 graus
por sorte choveu na noite e o dia meio feriado, meio dia util
ficou fresquinho
daqui a pouco pegaremos a barca
cruzaremos para ir a Niterói
pretendemos ir ao MAC e depois a UFF
vamos para Icaraí ver a vista mais linda do Rio de Janeiro
entre paisagens e amigos, livros, cadernos, desenhos, bares e a lagoa
e com o Cristo Redentor sempre presente
vão se passando estes dias
nesta cidade que é minha também
me sinto parte, integrante, em casa, minha segunda
eleita por mim naquele ano que estive aqui, 93, e onde fui acolhida e envolvida, seduzida
abduzida cooptada
com vínculos fortes integro a comunidade
e quando venho me sinto a filha pródiga
de volta ao lar

sexta-feira, outubro 06, 2006

Supermatic

A Supermatic e seu Oliveira na tipografia

Penso que estas imagens podem ter sido feitas na transição da compra da tipografia do seu Oliveira por meu pai. Sei que o seu Oliveira era o dono. Quem sabe neste dia meu pai foi conhecer ou quem sabe o seu Oliveira tenha ido depois da venda ensinar a mexer no maquinário. Enfim, o certo é que esta é a tipografia e algumas das máquinas impressoras. Os negativos são de meu pai que fez as fotos.

A Tipografia

A tipografia da rua Mato Grosso ficava bem onde hoje é uma casa de tintas. Ao lado tinha a churrascaria Campo Grande. Na esquina a concessionária de carro Mayrink Goés. Era um grande barracão que descia até o meio do quarteirão. Em níveis. Descendo a escada tinha um quartinho onde era o laboratório fotográfico. Era grande o laboratório, pelo menos aos meus olhos. A luz vermelha - e na bacia ele foi me mostrando aquelas imagens aparecendo na banheira com químicas. Aquele cheiro do ácido acetico, aquela imagem surgindo, aquele momento foi tão especial. Imediatamente soube.
Eu corria por aqueles barracões. Abaixo da escada e do laboratório tinha a grande guilhotina. Nossa, não cansava nunca de ver. A lâmina descendo. Sempre pensava que podia degolar alguém ou tirar uma tampa de dedo. Era fascinante ver. Vinha afiada. Num golpe só.
O ultimo barracão tinha as grandes mesas de tipos. As famílias todas. Eram lindas as mesas, as gavetas, os tipógrafos montando. Tinha ainda as furadeiras e os muitos armários, pilhas de papel, pedras peso, livros, jornais, colas, prensas, o balcão da entrada, os mostradores de livro, as cadeiras, a sala de dar aulas do Tio Eli, os fundos onde morava o Tio Marcial ...
Nas noites meu pai comprava leite de saquinho e fazia copos de papel sulfite.

A fotografia é tudo isso e mais. Nasceu ali, se mostrou, foi desvendada. Esta possibilidade das imagens surgirem do nada, submergirem da invisibilidade. Emergir.

quinta-feira, outubro 05, 2006

Meu Pai, o jornalista Antonio Vilela de Magalhães

Meu pai, conhecido como Vilela, em frente a sua mesa de trabalho com uma pilha de jornais. Era assim mesmo o seu dia a dia, trabalhando, aquela mesa cheia de papéis e o cigarro entre os dedos do meio da mão, para poder pegar as coisas ou bater a máquina seus textos. Meu amado pai, com seu sorriso simpático e sua cabeça tão cheia de idéias novas, de pensamentos interessantes, de poesia, de arte, o teatro, a cultura, o cinema, a fotografia, a memória. Meu pai era um artista e foi através dele que eu conheci e me apaixonei pela fotografia. Ele me ensinou, me mostrava, discutia linguagem, fazia sugestões e leituras críticas de minha produção. Começamos cedo, eu tinha 6 anos e ele me levou ao seu laboratório fotográfico que ficava na tipografia que ele tinha na Rua Mato Grosso. Fiquei encantada e já falei que eu queria ser fotógrafa. Ele adorou me ver entusiasmada e me deu uma polaroid. Foi com ela que eu fiz minhas primeiras fotos e não parei nunca mais. E ele me estimulando e ao mesmo tempo me levando a uma reflexão sobre minha produção.
Tantas coisas mais tenho para contar sobre meu pai, que foi muito importante na minha formação como artista e principalmente como pessoa, mas vou aos poucos, aqui no blog, trazendo estas memórias para a superfície.

segunda-feira, outubro 02, 2006

Fotos em Conserva

FOTOS EM CONSERVA
São fotografias acondicionadas dentro de vidros de diferentes formatos e tamanhos. Embalagens que continham comidas, bebidas, perfumes e remédios e que se transformam a partir da introdução de fotografias em seu interior. O trabalho se desenvolve sistematicamente a partir do ano de 2000 e de minha viagem a NY. O impulso inicial foi meu impacto com o consumo excessivo de comidas industrializadas na alimentação americana. Nada de novo, mas vivenciar esta situação no dia a dia recoloca em xeque o sistema alimentar “fast food”.
A excessiva artificialidade, a aparência e a contenção são palavras presentes em meus trabalhos anteriores e são encontradas aqui neste consumo de embalagens lindas com comidas horríveis, nos alimentos “masters” e nos escassos bons nutrientes que estes contém, nas comidas rápidas e gordurosas num país gordurofóbico que propõe dietas em massa e se afasta delas em suas práticas diárias.
Fotografias contidas em potes industriais. As imagens dialogam com os potes. As séries em diferentes embalagens levam a reflexão do uso x função das fotografias no nosso cotidiano. Preservar, guardar, registrar. Estas memórias armazenadas, em conserva, nos colocam diante da eterna pergunta: Esta imagem representa o quê? Nesta sociedade consumista a fotografia que devoramos também nos engole e abarrota o mundo de simulacros considerados relíquias a serem preservadas. Para quê? A imagem fotográfica nos leva a este paradoxo, duplicar o mundo. Quantas vezes serão necessárias?
Fotos em Conserva permite o armazenamento das imagens num jogo de significações, do ver e não tocar, de conter para armazenar, de ícones, clichês, que se armazenam como perguntas, como uma preciosidade que está ali não para ser vivida e sim observada. Sem que se toque, criando ilusões, um novo mundo de simulações. Mundos contidos em si, como o ser individualista contemporâneo que se fecha em seu mundo hermético, sem novas relações possíveis.




quarta-feira, setembro 27, 2006

BORDER

BORDER É UMA SÉRIE DE FOTOS DAS EXTREMIDADES DO CORPO. PENSANDO NAS FRONTEIRAS, NOS CONTORNOS, NOS CONTATOS DESTE CORPO COM O MUNDO E SEUS REFLEXOS.




segunda-feira, setembro 18, 2006

sexta-feira, setembro 15, 2006

[Fotografias e Anotações] 9/15/2006 09:02:23 AM



----- Original Message -----
From: Ma
To: fermag@sercomtel.com.br
Sent: Friday, September 15, 2006 9:02 AM
Subject: [Fotografias e Anotações] 9/15/2006 09:02:23 AM


Calor...
Calor que adoro!
Calor seco!
Beijos fer!
Bonita manhã pra você e pra Karen

--
Posted by Ma to Fotografias e Anotações at 9/15/2006 09:02:23 AM

quinta-feira, setembro 14, 2006

Volta ao Norte do Paraná

O calor
desértico
as almas em chamas
o ar fosco flambando

passagem

segunda-feira, setembro 11, 2006

Doutorado

estou em Campinas
estes dias estive em Florianopolis
vou no fluxo do semestre corrido
cumprindo os objetivos propostos (tentando, ao menos)
saudades da casa, do sossego
ainda que o movimento tenha suas valias

como algo que te arremesa no turbilhão e nao hã como retroceder
a vista que eu tenho da paisagem de Souzas para onde olho enquanto escrevo
montanhas e casinhas, a paisagem me toma

terça-feira, setembro 05, 2006

LONDRIX 2006

Festival Literário de Londrina
9 a 24 de setembro

sábado, setembro 02, 2006

Escrito por Mário Bortolotto em seu blog
Atire no Dramaturgo
às 14h07 em 02/09/2006


O VELHO QUARTEIRÃO

Londrina vai parar em Cabo Verde. Os caras lá vão ouvir três atores falando carinhosamente de uma cidade do Interior do Paraná (eles não fazem nem idéia do que seja o Paraná). Eles vão ouvir por meio da peça afetiva que escrevi sobre a cidade. Diário das Crianças do Velho Quarteirão. Os caras lá vão ouvir os atores falando sobre o Paulão Rock and Roll, sobre o Bar do Jota, o barman que atirava tampinhas de garrafas na gente. Vão ouvir falar do garoto que comemorou 20 anos comendo uma puta num hotelzinho vagabundo da Rua Maranhão. Eles vão ouvir falar do Toninho e da garota de branco que passou de madrugada pela rua com um copo de papel na mão. Eu tô falando de Londrina e os caras lá em Cabo Verde vão ouvir falar da cidade pela primeira vez. Vão ouvir sobre o Velho quarteirão. Eu sou de Londrina. Eu nasci em Londrina. Podem me chamar de bairrista. Não tem problema. Muitos chamam os gaúchos de bairristas, ou os cariocas, ou os baianos. Então qual o problema de chamarem os londrinenses de bairristas. Temos motivos para tal. Foi lá que tudo começou. Foi lá que eu aprendi tudo o que precisava pra me mandar de lá. É isso aí, eu precisava sair de lá. Londrina cria, mas você tem que cair fora. Londrina não é a quinta maravilha do mundo. Existem governantes ineptos que fodem com a cidade. Eles sempre existiram. Existe um monte de filho da puta como existe em qualquer lugar. Existe um lado provinciano que insiste em caretear a cidade. Mas tem o outro lado. Tem um lado da cidade que é poesia elétrica, que é combustão permanente. Londrina é um furacão. A nossa São Francisco como bem disse o Pinduca no texto bonito pra caralho que ele escreveu a partir de uma foto do Jotabê Medeiros e que eu transcrevo no post abaixo. É isso aí, Pinduca. Isso ninguém tira da gente.

O Belo texto do Pinduca:

Soube recentemente que em uma palestra a crítica literária e professora da USP Viviana Bosi se referiu em tom jocoso aos “poetas de Londrina” assim: “Eles pensam que Londrina é San Francisco”. Não sei mais detalhes. Não sei por que ela disse isso. Em qual contexto. Mas sei o tamanho da falta de informação dessa mulher.

Nós não pensávamos (isso lá nos anos 80) que Londrina era San Francisco. Não pensávamos. Londrina era a nossa San Francisco. Uma cidade cosmopolita, louca, divertida — uma cidade feita por pioneiros. Uma cidade nova (na década de 80 não tinha 50 anos ainda). E nós nos sentíamos livres. Não devíamos nada a ninguém. Não tínhamos uma tradição a qual prestar contas.

Uma cidade feita por migrantes, tanto de fora quanto de dentro do país: ingleses, japoneses, alemães, gaúchos, matogrossenses, paulistas. Uma cidade onde grandes decisões haviam sido tomadas na zona. Uma das primeiras cidades do “interior” do país a ter um aeroporto. Para que pousasse toda sexta-feira o Balaio das Putas, o avião que trazia putas belíssimas do Rio de Janeiro, que faziam a festa no final de semana e embarcavam de volta na segunda-feira de manhã.

Uma cidade em que nos sentíamos a vontade. Quantas e quantas vezes assisti aulas na universidade depois de ter enchido a cara com os bêbados da rodoviária (projeto arquitetônico do Artigas) até 3 horas da manhã. Estudava cinema expressionista alemão com a professora Rosa de manhã, lia Joyce ou Borges ou Bukowski (o que desse na telha) à tarde, e à noite trocava idéia com os geralmente fantásticos bebuns da rodoviária.

Uma cidade conhecida pelo seu jornalismo de altíssima qualidade, irreverente e inovador. Uma cidade conhecida pelos seus grupos de teatro: Proteu, Delta, Armazém, Cemitério de Automóveis.

Uma cidade que, ainda muito nova, gerou dois dos grandes compositores, que fizeram muito barulho na “metrópole”: Arrigo Barnabé e Itamar Assumpção.

Que gerou dramaturgos e diretores do porte de Mario Bortolotto, Paulo de Moraes e Nitis Jacon.

Que gerou poetas e escritores como Rodrigo Garcia Lopes, Marcos Losnak, Maurício Arruda Mendonça, Karen Debértolis, Nelson Capucho, Márcio Américo e Domingos Pellegrini Jr.

Que gerou mais músicos e compositores e conhecedores de música como Bernardo Pellegrini, Eduardo Batistella, Janete El Haouli e Paulão Rock’n Roll.

E jornalistas como Jotabê Medeiros.

A lista é grande e inevitavelmente eu vou esquecer muita gente (me desculpem!)

Aposto que a crítica Viviana Bosi desconhece a maioria desses caras e dessas caras. Como uma digna representante da “metrópole”, ela deve achar que aquele pedaço de terra roxa no norte do Paraná só pode figurar no mapa artístico e cultural como uma “província”.

Provavelmente ela nunca dirigiu um automóvel durante toda a madrugada por aquelas estradas, como fez Jotabê Medeiros no último final de semana.

Certamente, ela nunca vai sentir o mesmo que nós sentimos quando escutamos a valsa Londrina, belíssima, de Arrigo Barnabé.

Certamente ela nunca vai entender por que quase todo mundo que passou por Londrina continua adorando aquela cidade.

Ela não vai entender que Londrina não era apenas a nossa San Francisco.

Londrina era a nossa Londrina.

E nós todos não devemos nada a ninguém.

(Ademir Assunção)

Londrix