quinta-feira, outubro 05, 2006

Meu Pai, o jornalista Antonio Vilela de Magalhães

Meu pai, conhecido como Vilela, em frente a sua mesa de trabalho com uma pilha de jornais. Era assim mesmo o seu dia a dia, trabalhando, aquela mesa cheia de papéis e o cigarro entre os dedos do meio da mão, para poder pegar as coisas ou bater a máquina seus textos. Meu amado pai, com seu sorriso simpático e sua cabeça tão cheia de idéias novas, de pensamentos interessantes, de poesia, de arte, o teatro, a cultura, o cinema, a fotografia, a memória. Meu pai era um artista e foi através dele que eu conheci e me apaixonei pela fotografia. Ele me ensinou, me mostrava, discutia linguagem, fazia sugestões e leituras críticas de minha produção. Começamos cedo, eu tinha 6 anos e ele me levou ao seu laboratório fotográfico que ficava na tipografia que ele tinha na Rua Mato Grosso. Fiquei encantada e já falei que eu queria ser fotógrafa. Ele adorou me ver entusiasmada e me deu uma polaroid. Foi com ela que eu fiz minhas primeiras fotos e não parei nunca mais. E ele me estimulando e ao mesmo tempo me levando a uma reflexão sobre minha produção.
Tantas coisas mais tenho para contar sobre meu pai, que foi muito importante na minha formação como artista e principalmente como pessoa, mas vou aos poucos, aqui no blog, trazendo estas memórias para a superfície.

Nenhum comentário: