quinta-feira, agosto 31, 2006

o mar

estou em Florianópolis
chove, chuva grossa e mansa
um alívio que me umidece por dentro

a aridez no norte do paraná
tem secado almas

casa do Tico que faz sopa de feijão
cheira o alho refogado
a juventude é maravilhosa, cheia dos tantos sonhos lindos

é final de inverno

feministas, mulheres, artistas
dias felizes
boas notícias
entre as minhas e
as das amigas/amores/queridas

o mar tem seu cheiro e sua brisa

domingo, agosto 27, 2006

Fotografias Manipuladas II

O dia a dia prossegue, incondicionalmente

sábado, agosto 26, 2006

quinta-feira, agosto 24, 2006

Caderno Azul de Anotações

Desenhos
Fernanda Magalhães
Anderson Casagrande
o bailarino

sábado, agosto 19, 2006

"Compreendi que o solo vermelho do Brasil traz a marca das árvores, sobretudo daquelas que, abatidas, sangram como humanos quando lhes tiram o privilégio de apontar para o céu. Eu amava o vestígio dessas incontáveis mortes que despertavam em mim a necessidade de amar e de ir além dos pequenos interesses das explorações econômicas - como se diz banalmente - selvagens."
texto de Evgen Bavcar retirado do livro Memória do Brasil, p. 106 e 107. São Paulo: Cosac & Naify, 2003

sexta-feira, agosto 18, 2006

quinta-feira, agosto 17, 2006

fogo

já não bastasse o vizinho cortando árvores todos os dias já há tantos dias seguidos
já não bastasse as 54 árvores erradicadas, a maioria Eucaliptos, no fundo de vale do ribeirão Cambézinho (autorizada pela Secretaria Municipal do Ambiente (Sema) e pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP), numa obra que custará aos cofres públicos R$ 416.787,29 para fazer uma rotatória
já não bastasse o anuncio, ontem, de mais 200 árvores que serão erradicadas em Londrina pela prefeitura (que pelo jornal se diz que são árvores velhas que devem ser trocadas)
hoje ainda amanheci com o vizinho que corta árvores, colocando fogo em alguma coisa que ele julgou, que em meio a esta seca, deveria ser queimado.
é demais, meu sangue, que não é de barata, ferveu.
acordei puta, injuriada, chateada
em morar numa cidade onde esta ignorância ambiental parece prevalecer.
sim, pois ninguém diz nada
e reclamar prá SEMA e pro IAP é um desgaste
tive que reclamar e brigar para que me dessem pelo menos um número de protocolo de minha reclamação
a SEMA acabou dando, o IAP diz que depois de processos encaminhado, só depois de tantas e tantas instancias que ele relatou e eu nem consegui gravar de tantas que são, aí sim vai ter um número de protocolo
fora que os fiscais só podem vir depois que o fogo se acabar
a sema diz que os seus só trabalham a partir do meio dia então só a tarde poderão vir. Reclamei às 10:20h da manhã
um fogo se consome e depois dos danos ambientais, de saúde e riscos graves de incendio com esta seca, então os fiscais vão dar uma passada aqui ...
perto do IAP até que a SEMA vai ser eficiente, pois os fiscais do IAP só daqui alguns dias é que virão.
eu indignada: mas o fogo vai ter acabado!
IAP: pois é ...
então, estamos as moscas, ou melhor, secos, esturricados, sofrendo com estes absurdos que o ser humano continua fazendo diariamente, acabando com as árvores, águas e natureza
e o fogo e a fumaça invadem nossos dias

terça-feira, agosto 15, 2006

desertos e SELISIGNO

A seca esturrica
vivemos num deserto diário
quando olho as fotos antigas de Londrina
[guardo em minha memória todo o acervo da cidade com o qual convivi diariamente por 11 anos] e vejo as árvores centenárias, a mata que habitava estas paragens, choro
a dor vem do fundo, bem fundo, como memórias do lugar que nem mesmo conheci mas do qual herdei o espírito
matas densas de perobas rosas, palmitos e outras grandes que moravam aqui
o pouco que resta, em meio a esta seca estonteante, estão derrubando
com uma gana que me assusta
já faz mais de mês que diariamente ouço, das 7 da manhã às 19 hrs, o ronco das moto-serras
insanamente
derrubam, cortam, podam, arrancam
tudo que podem e o que não podem também

não bastasse o vizinho, ontem passei num vale perto daqui, um fundo de vale que tem um riacho
lindo, ainda que poluído
a administração pública também corta e acaba com as lindas árvores

tudo fica rígido, árido, sem verdes, sem copas, sem sombras
será que as pessoas pensam que a água vai brotar da terra seca e de almas insanas?

abaixo um texto de Karen Debértolis que também sofre com o som das moto-serras
postado hoje em seu blog

Lullaby (um texto singelo)
por Karen Debértolis

Os dentes afiados da moto-serra perfuram os ouvidos às oito horas da manhã denunciando a sanha irracional do vizinho. E parte em pedaços os braços espalhados da jaqueira e da santa bárbara e da peroba cinqüentenária e dos flamboyants senhores de si. Um cheiro de seiva/sangue espalha-se pelos ares dos arredores. Quarteirões de madeiras se empilham numa variação entre o marrom o cinza a cor de carne de árvore. Os passarinhos já se mudaram para cá. O vizinho quer limpar as folhas verdes quer varrer qualquer vestígio. O vizinho está retirando as raízes limpando a área preparando a cova mas vai ser bem rasa.
Ali ele vai semear a sua ignorância.


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A ESTALAGEM DAS ALMAS NO SELISIGNO


Neste dia 17 de agosto (quinta feira), a partir das 21h, na sala 104 do Centro de Letras e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Londrina, tem lançamento do livro no V Selisigno, evento do departamento de Letras Vernáculas e Clássicas.
Vale conferir também a apresentação da fotógrafa Fernanda Magalhães na Sessão de Comunicações do evento no dia 16 (quarta feira), a partir das 16h30, na sala 105 do CLCH. Ela irá falar sobre a questão do tempo na produção do fotógrafo franco-esloveno Evgen Bavcar.

Para mais informações sobre o evento:
Departamento de Letras Vernáculas e Clássicas / Contatos: (43)33714428 ou selisigno@uel.br

domingo, agosto 13, 2006

no inverno
castanheira


quarta-feira, agosto 09, 2006

LIVRO "A ESTALAGEM DAS ALMAS"


PROJETO
“O RECADO DOS LIVROS”


10/08 (quinta-feira, 19h)

Bate-papo com a escritora e jornalista Karen Debértolis, sobre o livro
"A Estalagem das Almas"
(Promic/Travessa dos Editores, 2006).
Presenças da fotógrafa Fernanda Magalhães, co-autora do livro,
e dos jornalistas e escritores Rodrigo Garcia Lopes e Marcos Losnak

segunda-feira, agosto 07, 2006

Fer por papai

Esta sou eu com uns dois anos no Edifício Santa Helena em dia de farra.
A foto foi feita pelo papai.