terça-feira, agosto 04, 2009

“Fronteiras da Pele”
será lançado na próxima semana na Casa de Cultura UEL_Artes Plásticas


Em seu novo livro, a poeta e tradutora paulista Ana Maria Ramiro, reúne poemas que trabalham
a relação entre linguagem, arte e corpo. Ana Ramiro faz o lançamento do seu novo livro “ Fronteiras da Pele” (Lumme Editor, 2009), no dia 12 de agosto, quarta feira, `as 19 horas, na Casa de Cultura_Artes Plásticas da Universidade Estadual de Londrina, na Avenida JK, 1973. Durante o lançamento serão realizadas leituras de poemas por Célia Musilli, Valéria Eik, Karen Debértolis, Meire Vallin, Janete El Haouli, Fernanda Magalhães, Carolina Sanches e outros convidados. O livro “Fronteiras da Pele” http://fronteirasdapele.wordpress.com/
é o terceiro trabalho da autora que já ganhou destaque nas páginas da revista londrinense Coyote. Publicado pela Lumme Editor integra a série intitulada Caixa Preta que tem como proposta publicar livros de autores brasileiros os quais realizam uma pesquisa poética imaginativa e com artesanato de linguagem. A série é organizada pelo poeta Claudio Daniel e conta com títulos de autores como Horácio Costa, Wilson Bueno e Virna Teixeira. A obra é o resultado de um projeto iniciado em Brasília, onde ela mora atualmente, e que levou dois anos para ser concluído. Em grande medida, é fruto de várias interferências diretas e indiretas: visuais, sonoras e pessoais (filmes, livros e até viagens), que acabam influenciando a autora em seu processo de tratamento com a linguagem. Segundo ela, a pele é a fronteira por excelência, que nos distancia da realidade e do outro, e os sentidos são suas microfronteiras. Assim, cada poema “foi elaborado como um ente corpóreo, autônomo, e busca tratar das micropercepções sensoriais reveladas na linguagem”. Experimentação - O crítico Alexandre Marino insere Ana Maria Ramiro entre os poetas contemporâneos brasileiros que trabalham com a experimentação da linguagem criando novas possibilidades poéticas. “A poesia de Ana Maria Ramiro é exemplar dessa linguagem sem limites, que oferece a possibilidade da transcendência na leitura. Em Fronteiras da Pele, ela traz para a condição de arte o corpo e seus elementos. E se a perspectiva do prazer, sua razão de ser, provoca a inquietação do corpo, a poesia é fruto da inquietação da alma. Não é por outra razão que o primeiro verso do poema Belzing Bug já revela a mão tateando a possibilidade do rosto, vertida em tarântula, que nesse gesto executa o preciso movimento que tem como fim a saciedade – logo, o prazer”, ressalta Marino em resenha sobre o livro.

Sobre a autora
Ana Maria Ramiro nasceu em 1972, em São Paulo. Formou-se em Direito pela Universidade de São Paulo (USP). Publicou os livros Menina-Poesia (Blocos, 1999) e Desejos de Gaia (LGE, 2007), que foi selecionado em 2007 pelo Fundo de Amparo à Cultura (FAC), da Secretaria de Cultura do Distrito Federal. Em 2006, organizou e traduziu a plaquete Para Fazer um Talismã, com poemas de cinco autoras argentinas: Alejandra Pizarnik, Elizabeth Azcona Cranwell, Dolores Etchecopar e Olga Orozco. Integrou a antologia 8 femmes (2007), organizada por Virna Teixeira, e a Antologia de poesia brasileira do início do terceiro milênio (2008), organizada por Claudio Daniel, lançada em Portugal. Em 2008, participou do simpósio internacional, Simpoesia, realizado em São Paulo, num projeto conjunto da Casa das Rosas, USP, Instituto Cervantes e Museu da Língua Brasileira. Tem poemas, traduções e ensaios publicados nas revistas literárias Zunái, Critério, Coyote, Grumo, SèrieAlfa, entre outras. Publica na internet o blog Folhas de Girapemba, no endereço http://girapemba.blogspot.com/

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