sexta-feira, novembro 30, 2007

ainda que o lodo seja fedido
e que a lama seja gosmenta
ainda que a areia movediça agarre tuas pernas

há sempre as perobas rosas
ainda que solitárias nos jardins resistentes
com capivaras jacarés e lobos que protegem, a todo custo, suas mantenedoras

e uivam, afinal

Um comentário:

Carlos Henrique Leiros disse...

Caríssima Fernanda;
.
Seu poema me traz uma forte idéia de resistência, de preservação daquilo que podemos chamar de identidade e sustentação.
É o belo, em essência, que nos redime do horror, como a reafirmar que os pilares do mundo são inexpugnáveis.
.
Receba o abraço do
Carlos